quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nesse fim de semana, meu último avô foi promovido à glória. Ficamos muito tristes, pois parecia que ele estava melhorando depois de tanto tempo na UTI. Sentiremos muito a sua falta. Mesmo assim, o culto fúnebre (que só é fúnebre mesmo para os que não têm esperança) foi um testemunho da glória que esperamos receber em Cristo, com morte ou sem. Peço, irmãos, que orem por meus familiares incrédulos, para que a ficha finalmente caia que se eles morrerem sem Cristo passarão a eternidade longe dEle. Eles já ouviram a verdade--peçam que o Espírito os convença do pecado, da justiça e do juízo.
Neste culto, muito sabiamente, meu primo recitou um dos sonetos que meu avô tinha guardado em sua memória paquidérmica. É uma lição aguda tanto para os que não creem quanto para os que creem.

O tempo

Deus pede estrita conta de meu tempo,
É forçoso do tempo já dar conta;
Mas, como dar sem tempo tanta conta,
Eu que gastei sem conta tanto tempo?

Para ter minha conta feita a tempo
Dado me foi bem tempo e não foi conta.
Não quis sobrando tempo fazer conta,
Quero hoje fazer conta e falta tempo.

Oh! vós que tendes tempo sem ter conta
Não gasteis esse tempo em passatempo:
Cuidai enquanto é tempo em fazer conta.

Mas, oh! se os que contam com seu tempo
Fizessem desse tempo alguma conta,
Não choravam como eu o não ter tempo.


de Laurindo Rabelo

Meu avô está agora com Cristo, dando conta do seu tempo, provavelmente vendo que fez mais bem do que dava conta. Que este soneto seja uma forma bela de nos lembrar daquele querido texto de Eclesiastes 12, que tem em sua conclusão o resumo do filosofar de um rei que tinha e experimentou de tudo apenas para descobrir:

"Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau." (v.13-14)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tudo é possível...

No mês que passou, estivemos bastante ocupados com produção de material para o ano que vem. Tivemos o estágio de produção, contando com a ajuda de alguns alunos do seminário, para começar (ou continuar) a escrever material de Hora Silenciosa para todas as faixas etárias.
Para o material de juniores, tivemos a ajuda de duas alunas e duas voluntárias, todas as quais abraçaram o desafio e nos ajudaram muito. Sou muito grata a Deus pela vida delas.

Nesse período de produção, algumas de nós enfrentamos livros bíblicos que nos colocaram à prova: Ester, Oséias, Isaías... Particularmente no caso de Oséias, que foi meu projeto, as dificuldades foram múltiplas! Como superar o caráter sombrio (e às vezes sanguinário) do livro? Como explicar como Israel chegara àquele ponto em poucas e simples palavras? De quantas maneiras podemos enfatizar ARREPENDA-SE sem ser repetitivo ou maçante? Não foi uma tarefa fácil.

Esses dias, porém, encontrei uma banda que conseguiu algo mais difícil ainda: transformar trechos do livro de Ezequiel em canção... Nunca, jamais eu teria esperado que se fizessem canções baseadas em Ezequiel. Falando sério: quantas pessoas vocês conhecem que já conseguiram algo assim?!

Como eu encontrei esses cabeções? Foi através de um site, www.noisetrade.com, onde é possível baixar músicas grátis, como se fossem amostras grátis cedidas pelos artistas para os curiosos. Já encontrei vários grupos evangélicos com músicas muito legais. Mas, já viu... É naquele esquema: tenha paciência, procure com atenção, saiba um pouco de inglês... Mas foi uma das coisas mais legais que me mostraram na internet esse ano.

O nome da banda de cabeções é "The Colloquium", o nome do CD é "Son of Man", caso vocês se interessem.