terça-feira, 21 de junho de 2016

Porque papai o amava...

Teve muita coisa que só consegui entender mesmo depois que meu pai faleceu: a dor de tornar-se órfã; a solidão; 1Timóteo 5.4, 8, 16; a importância de uma igreja bíblica na hora da necessidade; a alegria de ver os frutos de um ministério bem-sucedido…
Hoje, ao ler o informativo de um amigo que foi discipulado pelo meu pai, percebi que eu já estava fazendo contas mentalmente para ver como eu poderia o ajudar. Então eu me perguntei: Por que estou tão pronta para ajudar este amigo especificamente? Não é que eu não tenha o costume de ajudar outros amigos. Tenho muita alegria em contribuir de alguma forma com aqueles que servem a Deus. Mas por que a necessidade deste amigo me comove tanto? De onde brota tanto carinho? Nem somos amigos tão chegados assim.
A resposta? Porque papai o amava.
Não nego. Sou bem o tipo "garotinha do papai". Tanto eu quanto minhas duas irmãs quase idolatrávamos nosso pai; e nós três herdamos o carinho que ele tinha por seus alunos, especialmente aqueles por quem ele tinha uma admiração especial. O amor que meu pai expressava por alguns dos seus alunos simplesmente transbordou sobre nós, e nós aprendemos a os amar simplesmente por causa disso. Em alguns casos, nem chegamos a conhecer pessoalmente o aluno. Mesmo assim, fazemos uma bela ginástica para o ajudar simplesmente porque papai o amava.
E ao pensar nisso, senti-me terrivelmente compungida, pois é esse tipo de amor que eu devia sentir por todos os meus irmãos e todas as pessoas. Por quê? Porque Papai os ama. E daí que tal pessoa provocou uma crise sem precedentes? E daí que a pessoa mais atrapalha o ministério do que ajuda? E daí se a pessoa fede, ou é viciada, ou é criminosa, ou é desagradável, ou é folgada, ou é prepotente? Nosso Pai a amou de tal maneira que deu Seu único, unigênito e verdadeiro Filho para a salvar.
De repente, 1Coríntios 5.11–6.2 e 1João 4.7-21 fazem muuuuito mais sentido…