terça-feira, 7 de abril de 2009

Novamente Jesus começou a ensinar à beira-mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele. O barco estava no mar, enquanto todo o povo ficava na beira da praia. Ele lhes ensinava muitas coisas por parábolas, dizendo em seu ensino: 3 "Ouçam! O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram. Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. 6 Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz. Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas, de forma que ela não deu fruto. Outra ainda caiu em boa terra, germinou, cresceu e deu boa colheita, a trinta, sessenta e até cem por um". E acrescentou: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!"
Marcos 4.1-9

Em alguns lugares, e provavelmente em Israel nos tempos de Jesus, qualquer lugar que tenha um pouco de terra é local de plantio. Um semeador, mesmo que tivesse um campo para arado, não semeava apenas no campo. Antes, lançava as sementes quase indiscriminadamente, na esperança de que brotassem e dessem fruto onde quer que caíssem.
Certa vez, ouvi uma canção infantil sobre essa parábola. Ela pareceu-me inócua até que surgiram as palavras "escolher a terra em que plantar" (ou algo assim). De onde foi tirado esse conceito?! Onde já se viu? Não se escolhe onde plantar a Palavra de Deus. Lança-se a semente indiscriminadamente--a todos os que tiverem "ouvidos para ouvir" (seja literal ou figurativamente).
Pode ser que haja aquele grupo de pessoas que tenham sido preparadas para ouvir a Palavra, como o campo arado, mas isso não significa que serão desprezadas as pessoas que não pertencem a esse grupo, que nunca ouviram, aquelas que achamos que não querem saber ou que não vão entender. Quem somos nós para achar coisa alguma sobre as pessoas? Nosso propósito não é julgar, mas semear.

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