terça-feira, 28 de abril de 2009

voltei...

Então Jesus saiu dali e foi para a região da Judéia e para o outro lado do Jordão. Novamente, uma multidão veio a ele e, segundo o seu costume, ele a ensinava.
Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova, perguntando: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher?"
"O que Moisés ordenou?", perguntou ele.
Eles disseram: "Moisés permitiu que o homem desse uma certidão de divórcio e a mandasse embora."
Respondeu Jesus: "Moisés escreveu essa lei por causa da dureza de coração de vocês. Mas no princípio da criação Deus 'os fez homem e mulher'. 'Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe".
Quando estava em casa novamente, os discípulos interrogaram Jesus sobre o mesmo assunto. Ele respondeu: "Todo aquele que se divorciar de sua mulher e se casar com outra, estará cometendo adultério contra ela. E se ela se divorciar do seu marido e se casar com outro homem, estará cometendo adultério".
Marcos 10.1-12

Não há nada de trivial sobre o casamento, quanto menos sobre o divórcio. Deus planejou a família como um núcleo indissolúvel, e a relação entre os seus membros reflete o amor que existe entre as pessoas da Trindade quando ela (a família) vive de acordo com a vontade de Deus.
Estou longe de negar que, mesmo quando se busca a obediência a Deus, a vida em família seja um mar de rosas... Ou talvez o seja, espinhos e tudo. Como seres humanos, pecadores remidos em processo de santificação, a convivência não é fácil. Nem por isso é impossível. Só se torna "impossível" quando um ou os dois não estiverem dispostos a cuidar "não somente dos seus interesses, mas também dos interesses" do outro. É pedir demais?
Finalmente, a máxima desse texto é a ordem de Deus. Sabemos que as ordens que Ele nos dá são para o nosso bem e a Sua glória. Sabemos que Ele mesmo nos capacita a obedecer. Sabemos que a obediência traz alegria ao coração. Por que abrir mão disso? Sabemos que a desobediência traz consequências indesejáveis. Por que correr esse risco? Não podemos deixar que o nosso coração se endureça tanto, a ponto de desprezarmos a ordem [e o amor] de Deus para fazer aquilo que O desagrada.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ele lhes disse: "Quem traz uma candeia para ser colocada debaixo de uma vasilha ou de uma cama? Acaso não a coloca num lugar apropriado? Porque não há nada oculto, senão para ser revelado, e nada escondido, senão para ser trazido à luz. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!
"Considerem atentamente o que vocês estão ouvindo", continuou ele. "Com a medida com que medirem, vocês serão medidos; e ainda mais lhes acrescentarão. A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que tem lhe será tirado".
Ele prosseguiu dizendo: "O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a terra. Noite e dia, estando ele dormindo ou acordado, a semente germina e cresce, embora ele não saiba como. A terra por si própria produz o grão: primeiro o talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga. Logo que o grão fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita".
Marcos 4.21-29


Se bem que, hoje em dia, tem gente que coloca luz de baixo da cama e diz que é "design", para criar um "clima de aconchego". Em termos práticos, é luz que não presta para muita coisa, a menos que seja para limpar de baixo da cama, pois não se consegue ler ou procurar algo importante à meia luz, quanto menos perceber se o cômodo está limpo ou sujo.
O tipo de luz que cada um emite necessariamente depende da medida que se quer alcançar. Aquele que almeja apenas ser considerado por padrões terrenos, mesmo que seja luz, será bem o tipo de luz que "cria clima" (bom ou ruim) mas não ilumina de verdade.
Aquele, porém, que emite a luz da fé sincera é bem o tipo de que falam os versículos 26-29. Ele joga a semente ou por palavras ou por ações e, muitas vezes, sem que ele sequer perceba, ele mesmo ou outra pessoa colhe os frutos do que ele fez.
Tal é o poder de Deus em nós para ganhar alguém pela nossa obediência a Ele. Tal é o poder de Deus em Sua Palavra, que não volta sem cumprir o propósito que Ele intencionou.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Novamente Jesus começou a ensinar à beira-mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele. O barco estava no mar, enquanto todo o povo ficava na beira da praia. Ele lhes ensinava muitas coisas por parábolas, dizendo em seu ensino: 3 "Ouçam! O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram. Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. 6 Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz. Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas, de forma que ela não deu fruto. Outra ainda caiu em boa terra, germinou, cresceu e deu boa colheita, a trinta, sessenta e até cem por um". E acrescentou: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!"
Marcos 4.1-9

Em alguns lugares, e provavelmente em Israel nos tempos de Jesus, qualquer lugar que tenha um pouco de terra é local de plantio. Um semeador, mesmo que tivesse um campo para arado, não semeava apenas no campo. Antes, lançava as sementes quase indiscriminadamente, na esperança de que brotassem e dessem fruto onde quer que caíssem.
Certa vez, ouvi uma canção infantil sobre essa parábola. Ela pareceu-me inócua até que surgiram as palavras "escolher a terra em que plantar" (ou algo assim). De onde foi tirado esse conceito?! Onde já se viu? Não se escolhe onde plantar a Palavra de Deus. Lança-se a semente indiscriminadamente--a todos os que tiverem "ouvidos para ouvir" (seja literal ou figurativamente).
Pode ser que haja aquele grupo de pessoas que tenham sido preparadas para ouvir a Palavra, como o campo arado, mas isso não significa que serão desprezadas as pessoas que não pertencem a esse grupo, que nunca ouviram, aquelas que achamos que não querem saber ou que não vão entender. Quem somos nós para achar coisa alguma sobre as pessoas? Nosso propósito não é julgar, mas semear.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Jesus saiu outra vez para beira-mar. Uma grande multidão aproximou-se, e ele começou a ensiná-los. Passando por ali, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: "Siga-me". Levi levantou-se e o seguiu. Durante uma refeição na casa de Levi, muitos publicanos e "pecadores" estavam comendo com Jesus e seus discípulos, pois havia muitos que o seguiam. Quando os mestres da lei que eram fariseus o viram comendo com "pecadores" e publicanos, perguntaram aos discípulos de Jesus: "Por que ele come com publicanos e 'pecadores'?" Ouvindo isso, Jesus lhes disse: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores".
Marcos 2.13-17


Por mais que alguém saiba (embora não assuma) que está doente, se não for ao médico jamais terá a chance de ser tratado e curado. Semelhantemente, por mais que alguém saiba que é pecador, se não for a Cristo jamais terá a chance de ser salvo e santificado. Quanto menos se esse alguém nem sequer achar que é pecador. A questão não era o caráter das pessoas em questão, pois todas eram igualmente pecadoras. O problema estava na percepção de cada uma quanto à sua condição e a atitude decorrente dela.

Os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Algumas pessoas vieram a Jesus e lhe perguntaram: "Por que os discípulos de João e os dos fariseus jejuam, mas os teus não?" Jesus respondeu: "Como podem os convidados do noivo jejuar enquanto este está com eles? Não podem, enquanto o têm consigo. Mas virão dias quando o noivo lhes será tirado; e nesse tempo jejuarão. "Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo forçará a roupa, tornando pior o rasgo. E ninguém põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, o vinho rebentará a vasilha, e tanto o vinho quanto a vasilha se estragarão. Ao contrário, põe-se vinho novo em vasilha de couro nova".
Marcos 2.18-22

Tudo, em seu devido contexto, se explica. Se jejum era parte de um período intenso de oração, de fato, tendo o recipiente das orações fisicamente presente torna o jejum um tanto desnecessário. O tempo de jejuar não era aquele e logo os motivos para se jejuar seriam outros, pois o contexto também seria radicalmente alterado pela obra de Cristo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Poucos dias depois, tendo Jesus entrado novamente em Cafarnaum, o povo ouviu falar que ele estava em casa. Então muita gente se reuniu ali, de forma que não havia lugar nem junto à porta; e ele lhes pregava a palavra. Vieram alguns homens, trazendo-lhe um paralítico, carregado por quatro deles. Não podendo levá-lo até Jesus, por causa da multidão, removeram parte da cobertura do lugar onde Jesus estava e, pela abertura do teto, baixaram a maca em que estava deitado o paralítico. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: "Filho, os seus pecados estão perdoados".
Estavam sentados ali alguns mestres da lei, raciocinando em seu íntimo: "Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?"
Jesus percebeu logo em seu espírito que era isso que eles estavam pensado e lhes disse: "Por que vocês estão remoendo essas coisas em seu coração? Que é mais fácil dizer ao paralítico: Os seus pecados estão perdoados, ou: Levante-se, pegue a sua maca e ande? Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados"-- disse ao paralítico -- "eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa". Ele se levantou, pegou a maca e saiu à vista de todos, que, atônitos, glorificaram a Deus, dizendo: "Nunca vimos nada igual!"
Marcos 2.1-12


Como eu gosto dessa história. Sempre que a leio fico imaginando cada cena e pensando o que deve ter passado pela cabeça das outras pessoas presentes. Daí chega a parte em que Jesus vê a fé do paralítico e lhe diz, "Os seus pecados estão perdoados". Deve ter sido um anticlímax total. Todos deviam estar esperando que Ele o curasse.
É interessante que Jesus cuida da maior e mais problemática necessidade desse homem, embora tudo que as pessoas vissem fosse a paralisia e a achassem pior. É ainda mais interessante que os mestres da lei estavam com tudo que precisavam para entender quem Jesus era naquele momento, mas não creram.
"Pô, só Deus pode perdoar pecados... Será que Jesus é Deus?" Eles, porém, já tinham decidido em seu coração que esse Jesus não podia ser o Messias. Por mais que conhecessem as Escrituras, eles não conheciam as Escrituras--não permitiam que elas lhes revelasse quem era Deus e qual era a Sua vontade.
Quantas vezes não somos assim também? Conhecendo sem conhecer as Escrituras. Sabendo sobre a autoridade de Jesus sem acatá-la.

terça-feira, 31 de março de 2009

Logo que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João à casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e falaram a respeito dela a Jesus. Então ele se aproximou dela, tomou-a pela mão e ajudou-a a levantar-se. A febre a deixou, e ela começou a servi-los.
Ao anoitecer, depois do pôr-do-sol, o povo levou a Jesus todos os doentes e os endemoninhados. Toda a cidade se reuniu à porta da casa, e Jesus curou muitos que sofriam de várias doenças. Também expulsou muitos demônios; não permitia, porém, que estes falassem. porque sabiam que ele era.
Marcos 1.29-34

Não tenho dúvida de que Jesus valorizava o envolvimento com Seus discípulos mais chegados. Eles eram os que mais precisavam testemunhar o Seu poder e Sua autoridade sobre a natureza, a alma humana e o sobrenatural. Então eu me pergunto: será que foi só o corpo da sogra de Simão que Jesus curou? Não apenas ela, mas todos os que foram curados naquela noite? Eu me pergunto: por que Jesus não permitia que os demônios revelassem quem Ele era? Era para que Ele fosse conhecido e identificado por Suas obras e Suas palavras e não pelo testemunho dos inimigos? Era porque ainda não era o momento de ser declarada sua messiandade?
De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando. Simão e seus companheiros foram procurá-lo e, ao encontrá-lo, disseram: "Todos estão te procurando!"
Jesus respondeu: "Vamos para outro lugar, para os povoados vizinhos, para que também lá eu pregue. Foi para isso que eu vim". Então ele percorreu toda a Galiléia, pregando nas sinagogas e expulsando os demônios.
1.35-39
Acho que aqueles "todos" que O procuravam queriam ver mais milagres. Porém, o foco de Jesus continuava, "para que... eu pregue. Foi para isso que eu vim". Tenho certeza de que Jesus tinha pregado àqueles "todos". E, pelo jeito, tinha dito tudo que tinha planejado e cumprido o Seu propósito lá. Ele tinha um plano e não estava para permitir que a adulação das multidões O atrasassem. Por mais que os discípulos quisessem que Ele fosse reconhecido como o Messias (que eles esperavam) imediatamente, eles também precisavam aprender esse tipo de determinação.
Um leproso aproximou-se dele e suplicou-lhe de joelhos: "Se quiseres, podes purificar-me!"
Cheio de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: "Quero. Seja purificado!" Imediatamente a lepra o deixou, e ele foi purificado.
Em seguida Jesus o despediu com uma severa advertência: "Olhe, não conte isso a ninguém. Mas vá mostrar-se ao sacerdote e ofereça pela sua purificação os sacrifícios que Moisés ordenou, para que sirva de testemunho". Ele, porém, saiu e começou a tornar público o fato, espalhando a notícia. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente em nenhuma cidade, mas ficava fora, em lugares solitários. Todavia, assim mesmo vinha a ele gente de todas as partes.
1.40-45

Por isso Ele não queria que as pessoas saíssem contando o que lhes acontecia... Já pensou se toda vez que você chegasse ao trabalho tivesse que ser recebido por uma multidão e ser homenageado, apresentado ao prefeito, receber a chave da cidade e ainda dar uma demonstração pública de suas habilidades? Jesus, embora compassivo e disposto a curar, percorria as cidades com o intuito de pregar o Reino e as pessoas só queriam milagre, milagre, milagre...
O que isso nos diz sobre qual deve ser o nosso foco? Milagre ou pregar o evangelho?
Mostrar o que podemos fazer ou mostrar o que Jesus já fez?

quinta-feira, 26 de março de 2009

Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, o qual foi prometido por ele de antemão por meio dos seus profetas nas Escrituras Sagradas, acerca de seu Filho, que, como homem, era descendente de Davi, e que mediante o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus com poder, pela sua ressurreição dentre os mortos: Jesus Cristo, nosso Senhor. Por meio dele e por causa do seu nome, recebemos graça e apostolado para chamar dentre todas as nações um povo para a obediência que vem pela fé. E vocês também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo.
Romanos 1.1-6

Com um Senhor como o nosso, ser chamado para a obediência (mediante a fé) não deveria ser um problema. Mas tantos dizem que não vale a pena ser salvo só para fazer o que Deus mandar depois... Minha natureza ainda luta para obedecer, embora minha mente já diga que obedecer é a melhor coisa.
Trago, então, à memória aquilo que já se disse sobre obedecer a Cristo. Ele mesmo disse que Seu jugo é suave, Seu fardo é leve. Ele foi tentado e sabe das lutas por quais passamos, sendo plenamente capaz de ajudar-nos em nossa fraqueza. É Deus quem opera em nós tanto o querer quanto o fazer. Ele próprio nos ajuda a vencer a tentação de desobedecer, e nos aperfeiçoa para que façamos a vontade dEle.
Deus não fará todo o trabalho, mas confiando nEle e buscando-o, o meu esforço para O servir fica cada vez menos esforçado.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Porque, embora seja livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas. Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da Lei, tornei-me como se estivesse sujeito à Lei (embora eu mesmo não esteja debaixo da Lei), a fim de ganhar os que estão debaixo da Lei. Para os que estão sem lei, tornei-me como sem lei (embora não esteja livre da lei de Deus, e sim sob a lei de Cristo), a fim de ganhar os que não têm a Lei. Para com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para com todos, para de alguma forma salvar alguns. Faço tudo isso por causa do evangelho, para ser co-participante dele.
1 Coríntios 9.19-23


Pudera eu dispensar tão facilmente da "persona" que eu mesma criei por causa do evangelho... E isso não é nem questão de estar disposta a pagar micos, ou mesmo orangotangos para pregar Cristo. Isso qualquer um se acostuma a fazer quase.
Será que eu estaria disposta a abrir mão dos confortos a que me acostumei para realizar o meu atual ministério para realizá-lo em outro lugar com menos recursos? Será que me submeteria a uma tradição estranha para luz onde Deus me colocasse? Mas todas essas coisas ainda são um tanto externas. Será que, para servir a Cristo e anunciar o evangelho eu me deixarei mudar naquilo que é "bem o meu tipinho"? (Ex. Será que eu vou, um dia, deixar de ser tão retraída ao ponto de conseguir falar de Jesus com alguém no ônibus?)
A questão é, como Paulo, estar tão seguro de sua identidade em Cristo que tudo aquilo que se pensa ser essencial à sua "persona", seu caráter, se torna plenamente dispensável, mediante a confiança de que o Espírito o capacitará a superar seus bloqueios mentais (ou sociais), seu orgulho, seu medo, ou seja qual for a barreira que você mesmo montou ao redor da sua idéia de si próprio. O próprio Paulo o diz muito bem em Gálatas 2.20: "... já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim." É assim que nos tornamos co-participantes do evangelho: permitindo que Ele (que é o centro do evangelho) transpareça.

terça-feira, 24 de março de 2009

Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: "Vocês entende o que lhes fiz? Vocês me chamam 'Mestre' e 'Senhor', e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem essas coisas, felizes serão se as praticarem."
João 13.12-17


Sabendo que Judas Iscariotes O trairia e que Pedro O negaria dentro de algumas horas, Jesus lavou os pés de todos os Seus discípulos. Como Mestre e Senhor, Ele tomou sobre si a responsabilidade tanto pelo corpo quanto pela alma deles, embora eles não entendessem ainda. A eles, Jesus mostrou humildade e serviço, provando ser infinitamente superior ao orgulho mesquinho que eles tinham mostrado até então. Eu me pergunto se eles não se sentiram minúsculos, lembrando-se das suas tolas discussões sobre quem seria maior e quem se assentaria onde no Reino.
Em retrospecto, Jesus também mostrou que nem mesmo a certeza da decepção o impedia de servir. E quantas vezes nós deixamos de investir em algo simplesmente porque temos medo de não ver os resultados que esperamos? Quantas vezes deixamos de investir numa amizade ou num discipulado por temer o desapontamento?
1 - Deixemos de ser covardes!
2 - Deixemos de fazer assepção de pessoas!
O serviço que Cristo exemplificou é incondicional e completo. Seja a nossa atitude a mesma de Cristo Jesus (Fp 2.5).

segunda-feira, 23 de março de 2009

Então aproximou-se de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e, prostrando-se, fez-lhe um pedido.
"O que você quer?", perguntou ele.
Ela respondeu: "Declara que no teu Reino estes meus dois filhos se assentarão um à tua direita e o outro à tua esquerda".
Disse-lhes Jesus: "Vocês não sabem o que estão pedindo. podem vocês beber do cálice que eu vou beber?"
"Podemos", responderam eles.
Jesus lhes disse: "Certamente vocês beberão do meu cálice; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados por meu Pai".
Quando os outros ouviram isso, ficaram indignados com os dois irmãos. Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".
Mateus 20.20-28


Jesus tinha acabado de dizer aos discípulos que iria sofrer, morrer e ressuscitar. Porém, não sei se João e Tiago ainda tinham muita noção do tipo de cálice de que Jesus estava falando. Creio que estavam sendo sinceros, mesmo que ignorantes, sem noção do que estavam se dispondo a sofrer. (Eu me pergunto se essa conversa passou pela mente deles quando viram o quanto Jesus sofreu na cruz alguns dias depois.)
Tiago e João (assim como os outros discípulos) tinham esperança de governarem com Cristo depois que Ele derrotasse todas as nações que oprimiam Israel, e esperavam que isso acontecesse em breve. Contudo, Jesus queria mostrar para eles um outro conceito de liderança e influência--humildade e serviço.
A noção humana de liderança se afastou muito do conceito divino de liderança humana. Jesus mostrou o quanto estamos errados em pensar que liderar é o mesmo que "dominar e exercer poder sobre" alguém. Afinal, se Jesus Cristo, o ungido do Senhor, veio para servir e não para ser servido, quem somos nós para pensar que podemos reivindicar direitos e privilégios diante de Deus?
Antes, que sigamos o exemplo que Ele deu, servindo humildemente, submetendo-se inteiramente à vontade do Pai, cuidando não apenas dos nossos interesses, mas também dos interesses dos outros (Fp 2.4).

sábado, 21 de março de 2009

Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consido o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somo embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.
2 Coríntios 5.18-20

Pense somente na motivação por trás dessa nossa tarefa de levar adiante a mensagem da reconciliação com Deus.
"Aquele que não conheceu pecado, ele (Deus) o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." (v.21)
"E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." (v.15)
De modo que "...o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos, logo todos morreram." (v.14)
Nossa tarefa agora para com o mundo é mostrar tudo isso que Cristo fez por nós. Se precisar, usando palavras. E a mensagem é simples: O único meio de se tornar amigo de Deus é por meio do que Cristo fez, e quando alguém se torna amigo de Deus, as coisas que antes pareciam tão indispensáveis (riqueza, fama, respeito etc.) se tornam supérfluas, pois a verdadeira identidade que não se perde no tempo ou na lama se encontra em Cristo.
"E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." (v.17)


Hoje (até amanhã): Corujão

sexta-feira, 20 de março de 2009

Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Então disse aos seus discípulos: "A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita".
Mateus 9.35-38

Não se pode fugir dessa possibilidade. Pedir a Deus por mais trabalhadores pode colocar quem pede na situação de trabalhador. Não que isso seja ruim, mas isso não pode nos pegar de surpresa.
Veja bem... Quando começamos a pedir sinceramente a Deus por mais trabalhadores, começamos a nos compadecer mais dos perdidos, começamos a sentir mais como Cristo sentiu por eles porque começamos
a nos assemelhar mais a Ele. É impossível aproximar-se de Cristo em oração e não se assemelhar a Ele. Assim, quando começamos a sentir como Cristo sentiu, compadecendo-nos como Ele dos perdidos, o amor dEle em nós nos compelirá a agir de alguma forma ou de outra.
Orar pode transformar a vida de muitos, mas importa que ela transforme a vida de quem ora também.

Hoje: Treinamento de Clubes Bíblicos para os alunos do Projeto Marcos.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Deem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura para sempre.
Assim o digam os que o Senhor resgatou, o que livrou das mãos do adversário...
Salmo 107.1-2


O Senhor é bom. Muitas vezes não nos damos conta ou nos esquecemos disso. Às vezes é porque vemos tanto sofrimento, tantos desastres, tantas guerras. Às vezes é porque estamos tão centrados em nossos próprios problemas que não conseguimos pensar em qualquer outra coisa. Às vezes é porque deixamos que nosso coração se endurecesse e se tornasse apático e frio.
Alôoooo! O Senhor é BOM! E não é só porque nós temos comida, casa, roupa e internet. Não é só porque temos liberdade religiosa no nosso país. Não é só porque fazemos parte de uma igreja que leva Deus a sério. Nem todos os crentes no mundo têm esses luxos--sim, LUXOS. Muitos deles sofrem muito, e nem por isso deixam de anunciar a bondade do Senhor!
O Senhor é bom porque essa é a Sua natureza. O Senhor é bom e nós vemos isso ao longo da história. A alguns dos Seus filhos Ele dá o privilégio de sofrer como Cristo sofreu para que outros O conheçam. A outros Ele dá paz e tranquilidade para que sustentem os sofredores com oração e ofertas. A nenhum deles Ele desampara. A nenhum deles Ele deixa de ser bom, pois essa é a Sua natureza, e está ligada a Sua sábia soberania, Sua sublime salvação, Sua promessa permanente.

Assim o digam os que o Senhor resgatou, os que livrou das mãos do adversário...
Que eles deem graças ao Senhor, por seu amor leal e por suas maravilhas em favor dos homens.
Que eles ofereçam sacrifícios de ação de graças e anunciem as suas obras com cânticos de alegria.
Que o exaltem na assembléia do povo e o louvem na reunião dos líderes.
Os justos veem tudo isso e se alegram, mas todos os perversos se calam.
Reflitam nisso os sábios e considerem a bondade do Senhor.
v. 2, 21, 22, 32, 42, 43

quarta-feira, 18 de março de 2009

Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.
1 Pedro 3.15

Os versículos que antecedem ao de hoje seguem a mesma linha do texto de ontem: não se envergonhe de sofrer por Cristo. O homem não pode arrancar de nós o que Deus tem em Suas mãos. Por isso, não tenha medo.
Antes, mesmo no seu íntimo, reconheça Cristo como Senhor e O honre, busque e ame a fim de se tornar um reflexo fiel do que Ele é. Na medida em que O conhecer, você estará cada vez mais preparado para falar sobre Ele e o que Ele fez aos outros. Chegará esse processo ao ponto em que se tornará mais fácil até responder com mansidão (v. 16), pois ao conhecer mais a Cristo, é inevitável amá-lO mais e querer ser como Ele é e encher nossos pensamentos de "tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama" e tudo o que for excelente ou digno de louvor.
Finalmente, com tudo isso em mente, colocar tudo em palavras e em prática deverá ser, no mínimo, menos trabalhoso.

terça-feira, 17 de março de 2009

8 Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, 9 que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos, 10 sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho. 11 Deste evangelho fui constituído pregador, apóstolo e mestre. 12 Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia.
2 Timóteo 1.8-12


O trecho começa com "portanto". Quando isso acontece eu sempre quero saber o que diz antes.
"Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido que também habita em você. Por essa razão, torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio." (2 Tm 1.5-7)
Realmente, pode ser que Timóteo titubeasse um pouco diante das circunstâncias, que, naqueles tempos, eram muito mais duras do que são atualmente no Brasil. Porém, então assim como agora, a palavra de encorajamento de alguém que continuava firme e confiante ante a certeza da morte por causa do Evangelho sempre ajuda a colocar tudo em persepectiva. Especialmente quando ele diz, "Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho".
Em outras palavras: Exploda-se tudo o que o homem pode fazer contra nós, seja zombaria, exclusão, tortura ou morte. Deus nos deu vida eterna em Cristo quando Lhe entregamos nossa vida e Ele não nos abandonará, pois é poderoso e fiel e "não pode negar-se a si mesmo" (2.13).
De fato, hoje é dia de falar do evangelho (como qualquer outro dia). Porém, também é dia de lembrar em oração daqueles que sofrem por amor a Cristo. Pedidos de oração não faltam.
http://www.portasabertas.org.br/

sábado, 14 de março de 2009

169 Chegue à tua presença o meu clamor, Senhor! Dá-me entendimento conforme a tua palavra.
Santifica-[me] na verdade. A tua palavra é a verdade. Jo 17.17
170 Chegue a ti a minha súplica. Livra-me conforme a tua promessa.
E Deus é fiel; ele não permitirá que [eu] seja tentad[a] além do que [posso] suportar. Mas, quando [for tentada], ele mesmo [me] providenciará um escape, para que o [possa] suportar. 1 Co 10.13
171 Meus lábios transbordam de louvor, pois me ensinas os teus decretos.
Os preceitos do Senhor são justos, e dão alegria ao coração. Sl 19.8
172 A minha língua cantará a tua palavra, pois todos os teus mandamentos são justos.
Guardei no coração tua palavra para não pecar contra ti. Sl 119.11
173 Com tua mão vem ajudar-me; pois escolhi os seus preceitos.
O temor do Senhor é fonte de vida, e afasta das armadilhas da morte. Pv 14.27
174 Anseio pela tua salvação, Senhor, e a tua lei é o meu prazer.
Como crianças recém-nascidas, [que eu deseje] de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele [cresça] para a salvação. 1 Pe 2.2
175 Permite-me viver para que eu te louve; e que as tuas ordenaças me sustentem.
Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Mt 4.4
176 Andei vagando como ovelha perdida; vem em busca do teu servo, pois não me esqueci dos teus mandamentos.
Tenha o cuidado de obedecer toda a lei...; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar. Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo oque nele está escrito. Js 1.7-8

Viu? A Palavra de Deus é tão suficiente que chega até a ser redundante. (Especialmente dado o fato de nós sermos tão cabeça dura que precisamos ouvir a mesma coisa várias vezes para a ficha cair, isso é de muita valia.)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom.
1 Pedro 1-3

Um bebê recém-nascido só conhece ainda algumas sensações: dor, fome e desconforto ou alívio, saciedade e conforto. Assim, quando sente fome, as outras sensações negativas acompanham e a única coisa que o bebê pode fazer é chorar, clamar a qualquer um que ouça, de preferência à mãe--assim como o salmista de ontem clamava por Deus. Quem ouve pensa que o bebê está para morrer. Para todos os efeitos, ele está para morrer, é e seu "instinto de sobrevivência" que o leva a chorar. Tamanho é o desejo do recém-nascido pelo leite materno.
Tamanho deve ser o nosso desejo pela Palavra de Deus, a ponto de perdermos o interesse nas coisas que alimentam a maldade, o engano, a hipocrisia, inveja e maledicência. Já provamos que Deus é bom--apeguemo-nos, portanto, ao que é bom.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Oh, Senhor, Deus que me salva, a ti clamo dia e noite.
Que a minha oração chegue diante de ti; inclina os teus ouvidos ao meu clamor.
Salmo 88.1-2

O lado positivo de se estar no fundo do poço é que só se pode buscar ajuda olhando para cima. E lendo o restante do salmo, vê-se que o salmista estava mesmo no fundo do poço e até o pescoço de lama. Sozinho, aflito, desesperado. Sua única defesa e saída estava em Deus.
Não tenho nem idéia do que seja isso. Não mesmo. Porém, tenho a vantagem de aprender com o exemplo do salmista. No aperto, mesmo que não seja grave, melhor é mesmo orar a Deus e pedir Sua ajuda. Ele está próximo, e ouve o clamor de Seus filhos. Mesmo no Seu silêncio, confiar nEle é o melhor consolo, lembrando das maravilhas que já fez.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!
Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medida dia e noite.
É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!
Salmo 1.1-3


A base de uma das canções da minha infância, acho uma pena que não tenha cabido na métrica o versículo 2. Afinal, é o principal motivo pelo qual não se encontrará prazer entre os ímpios, pecadores e zombadores.
Quando nos deleitamos na Palavra de Deus, tudo mais parece, de fato, fútil e sem sentido, pois não traz nem consolo nem transformação nem alegria.
Quando meditamos na Palavra de Deus dia e noite, estamos ligados a uma fonte de consolo e sabedoria que não nos deixa desfalecer diante das circunstâncias e que nos ajuda a tomar decisões corretas e agradar a Deus mesmo quando somos os únicos a fazê-lo. E, realmente, agradar a Deus é a maior prosperidade que se pode buscar. O resto é apenas consequência.

terça-feira, 10 de março de 2009

Estendo as minhas mãos para ti; como a terra árida, tenho sede de ti.
Apressa-te em responder-me, Senhor! O meu espírito se abate. não escondas de mim o teu rosto, ou serei como os que descem à cova.
Faze-me ouvir do teu amor leal pela manhã, pois em ti confio. Mostra-me o caminho que devo seguir, pois a ti elevo a minha alma.
Salmo 143.6-8

Na hora do aperto, o que mais precisamos ouvir é que o amor de Deus continua sendo leal e que poderemos encontrar a solução se tomarmos tais e tais passos. Davi, o salmista, estava sendo perseguido por um inimigo e sentia-se derrotado e humilhado. Então lembrou-se das obras que Deus já realizara (v. 5). A criação, o êxodo, a posse da terra de Canaã, a morte de Golias. Tendo isso em mente, nada mais lógico do que estender as mãos para esse Deus, ainda mais sabendo que Ele tinha escolhido Davi para ser rei.
De modo bem concreto, Davi sabia que tudo o que ele era e seria dependia do amor leal de Deus. Ele se lembrava de ser ungido, de vencer o leão, o urso e o gigante. Por isso a ânsia ao buscar a Deus e, às vezes, só ouvir silêncio. Às vezes é disso que precisamos antes de ouvir que o amor de Deus continua sendo leal e que poderemos encontrar a solução se tomarmos tais e tais passos. O silêncio de Deus nos ensina a depender e esperar mesmo quando enfrentamos nossos piores medos e dúvidas. O silêncio de Deus nos ensina a confiar mais plenamente na Palavra dEle quando ela é revelada. Assim aprendemos a dizer:

Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano.
Salmo 143.10

segunda-feira, 9 de março de 2009

antes tarde...

Bendirei o Senhor, que me aconselha; na escura noite o meu coração me ensina!
Sempre tenho o Senhor diante de mim. Como ele à minha direita, não serei abalado.
Salmo 16.7-8

Engraçado... na "escura noite", seja ela literal ou figurativa, numerosas vezes o problema está na nossa cabeça ou procede do nosso próprio pecado. Quantas vezes não perdi o sono por causa da minha própria imaginação, ou me coloquei em situações igualmente escuras por causa da minha própria teimosia em seguir o meu conselho e não o de Deus? Sei que Deus habita em mim, que posso encontrar tudo o que preciso nEle. Ainda assim, quantas vezes não me recusei a ouvir!
É questão de buscá-lO diariamente, o que nem sempre fui fiel em fazer. (Que Deus me ajude!) À medida que O buscar e conhecer mais, as situações mais negras, que continuarão surgindo, não parecerão tão ameaçadoras, sabendo eu onde encontrar a solução--no íntimo do meu ser onde flameja o Espírito de Deus.
De fato...
Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam!
Salmo 119.2

sábado, 7 de março de 2009

10 Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. 11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. 12 Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, 13 os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.
João 1.10-13

Tínhamos nos afastado de Deus de tal maneira que, quando Ele nos foi revelado na pessoa de Cristo, não o reconhecemos. Já tínhamos criado outra concepção, outra expectativa do que Deus deveria ser para nossos próprios interesses.
Eu digo nós porque em nada somos diferentes daqueles que rejeitaram Jesus em nossa essência. A única coisa que nos distingue é a graça de Deus. De fato, orar para que a graça de Deus alcance aqueles que ainda O rejeitam é fazer muito por eles! Mais ainda depois de mostrar-lhes o que Deus fez por eles.

Esse fim de semana:
Sábado: Curso de recursos visuais
[O Clube Bíblico Jr da IEM começa hoje, mas não participarei. :( Espero que tudo corra muito bem!]
Domingo: Igreja Evangélica do Maracanã e descanso :)

sexta-feira, 6 de março de 2009

3 Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima. 4 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. 5 Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. 6 Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. 7 Ele foi oprimido e afligido; e, contudo, não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.
Isaías 53.3-7


Portanto, também nós, ... livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem.
Hebreus 12.1-3
...nem se achem tão importantes a ponto de querer tomar a direção da própria vida.
Diante de tudo o que Cristo suportou por nós, do exemplo que Ele nos deixou e da graça que nos alcançou, como poderíamos não O seguir? A nossa vida agora pertence a Ele, e ainda temos a petulância de querer vivê-la como nós desejamos?
Que Deus me perdoe e ajude a obedecer-Lhe mais!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Pois também Cristo sofreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito.
1 Pedro 3.18


O justo pelos injustos, como se fosse injusto, embora não tivesse nem sombra de pecado. Cristo foi condenado por ter sido completamente obediente a Deus Pai, e qualquer um de nós poderia ter participado da cantoria--"Crucifiquem-no!"
O ditado "Deus escreve certo por linhas tortas" toma um significado muito mais profundo ao vermos que Ele usou a nossa injustiça para realizar a Sua justiça. Usou o nosso ódio para mostrar o Seu imenso amor. Usou a morte de Cristo para levar-nos à vida eterna, garantindo-a com a ressurreição ao terceiro dia.
E Cristo, sendo Deus, não precisaria sofrer mais do que uma vez. O sangue que Ele deu cobre infinitos pecados. A Sua obra foi, de fato, consumada e é perfeitamente eficaz para reconciliar-nos com Deus.
Deus sempre quis que nós partilhássemos do Seu amor. Desde a queda no Éden, Ele preparou o mundo para a chegada do Seu Filho. E mesmo agora, a vinda e a obra de Cristo compõem o evento mais importante de toda a história. Um só evento que marca milênios--milhões de pessoas que foram transformadas e que transformaram a história por causa de um evento, uma obra, uma Pessoa divina--Cristo.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados.
1 Pedro 2.24

Quantas pessoas não pedem que Deus lhes dê um sinal ou uma prova de Sua graça? Eis a prova máxima de que Ele ama e se dispõe a salvar todas as pessoas: que Jesus, que é Deus e vivera por toda a eternidade em amorosa comunhão com o Pai, veio ao mundo.
Nasceu como bebê, chorando, sujando as fraldas, precisando aprender a pensar e se expressar como qualquer um de nós. Fez-se homem, que precisava trabalhar e suar e feder e calejar as mãos. Ministrou a pessoas que, às vezes, apenas queriam alívio para seus corpos, e não para a suas almas. Amou até o fim, mesmo sabendo que seria traído e abandonado. Foi esbofeteado, humilhado, cuspido, rejeitado pelo Seu povo e morto de forma lenta, dolorosa e humilhante. E Ele foi amor até o fim! A Sua ressurreição é a garantia da validade do Seu sacrifício.
Seu sofrimento não foi apenas físico. Ele carregou sobre si todo o nosso pecado--todas as mentiras e imoralidade, toda a nossa ira e inveja e malícia, todas as intenções que nos levam a maltratar o nosso próximo, toda indiferença e desamor, toda ingratidão e altivez.
E ainda querem mais provas? Ele morreu para nos libertar de nossa escravidão a nós mesmos, da idéia de que ser livre é fazer o que queremos, mesmo que isso seja a autodestruição. Ele morreu para que encontrássemos novamente o rumo para a alegria perene e realização perfeita da nossa vida que, por incrível que pareça, só ocorre na plena dependência de Deus. Ele morreu para que morrêssemos dia a dia para o pecado que nos destrói e vivêssemos a vida que Ele, desde o princípio, designou para nós: obediência e glorificação a Deus.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

vamos tentar outra coisa...

Hora silenciosa do dia - http://www.clubesbiblicos.com.br/index.php?id=3
1 Timóteo 6.6-10

"It's wanting more that's gonna send me to my knees..." (John Mayer em Gravity)

Por que as pessoas querem tanto, seja dinheiro, beleza, amor, respeito ou qualquer coisa? O que nos leva a essa busca vitalícia? É o desejo por significado, identidade, um meio de "justificar a própria existência". Todos nós temos esse desejo, desde Adão temos buscado algum jeito de mostrar para nós mesmos e ao mundo que há mais do que se vê da nossa pessoa.
Porém, por mais que busquemos coisas nobres para justificar a nossa existência, elas acabam deturpando nosso entendimento, nossa alegria, nossa noção de identidade. São limitadas e, quando nos faltarem depois de querermos mais e mais, nos lançarão em profundo desespero e "muitos sofrimentos". Elas não são capazes de fazer o que a piedade e o contentamento podem. Pois essa piedade e esse contentamento de que Paulo fala não são emoções etéreas e efêmeras que cultivamos em momentos de êxtase espiritual. Muito pelo contrário, é algo que se vivencia dia a dia, mesmo quando tudo parece dar errado com você e o mundo.
Essa piedade e esse contentamento provêm de uma identidade centrada na pessoa de Deus, à semelhança do qual fomos criados para gozar do amor que Ele livre e infinitamente oferece. Quando encontramos nossa identidade nEle, sendo justificados por Cristo diante dEle, percebemos que a opinião dEle é a única que importa. Assim, ao buscarmos ser como Ele é (piedade) e nos alegrarmos com aquilo que Ele nos dá (contentamento), mesmo que seja apenas o que comer e o que vestir, sabemos que O agradamos, que é o maior lucro que existe nesse universo e fora dele.